Após passar as festas de fim de ano com a família, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró voltou para a prisão neste sábado. Ele havia deixado carceragem da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, no último dia 23 de dezembro e, em sua casa em Itaipava, no Rio de Janeiro, foi monitorado por tornozeleira eletrônica e escolta policial.
A autorização da saída foi concedida pelo Superior Tribunal Federal (STF), que também liberou o doleiro Alberto Youssef para passar 10 dias em uma casa alugada na região metropolitana de Curitiba. No entanto, segundo a Folha de S. Paulo, o doleiro desistiu do benefício por considerar as condições impostas para a saída temporária rígidas demais.
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O que mais pesou na decisão de Youssef foi poder passar apenas quatro horas por dia na companhia de familiares. A expectativa dele era ficar o máximo de tempo com as três filhas. Frustrado, Youssef chegou a fazer greve de fome. Cerveró e Youssef fizeram acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República.
Conforme seus advogados, únicos presos da Lava-Jato a receberem o benefício, a autorização foi resultado da efetividade das informações que eles deram para a operação.