O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta quarta-feira reduzir em quatro meses a pena imposta por ele ao ex-deputado federal Pedro Corrêa em uma das ações penais da Operação Lava-Jato.
Ao analisar um recurso do Ministério Público Federal (MPF), Moro reconheceu que cometeu um "equívoco aritmético" e diminuiu a condenação de Corrêa para 20 anos e três meses de prisão.
Em outubro, o ex-parlamentar foi sentenciado a 20 anos e sete meses de detenção.
- Aqui lamentável erro aritmético por lapso decorrente do excesso de trabalho - justificou o juiz.
Após sentenciar o ex-deputado, Sérgio Moro decidiu manter a prisão cautelar de Pedro Corrêa, por entender que o ex-parlamentar continuou recebendo propina mesmo durante o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Antes de ser preso em abril, Corrêa cumpria prisão em regime aberto pela condenação no processo do mensalão.
O juiz também condenou Corrêa a devolver R$ 11,7 milhões para a Petrobras, valor equivalente à propina recebida, segundo a acusação. Além de Corrêa, foram condenados um filho do ex-deputado, uma nora dele e um dos delatores da Lava Jato, Rafael Ângulo Lopez.