Juliano Rodrigues
Há exatos seis anos, em meio a protestos de entidades de classe ligadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), o então deputado estadual Marco Peixoto (PP) assumia vaga de conselheiro da Corte, indicado pela ex-governadora Yeda Crusius como recompensa por sua fidelidade como líder da bancada do partido na Assembleia. Na época, a indicação de Peixoto era questionada devido a suspeitas do seu envolvimento em crimes investigados na Operação Solidária.
Nesta quarta-feira, o ex-deputado, que deixou de ser suspeito e passou a ser réu por estelionato em ação penal que tramita no Superior Tribunal de Justiça, ascenderá à presidência do tribunal diante de reclamações de associações e do Ministério Público de Contas, mas com apoio dos colegas, que não abrem mão do rodízio no comando da Corte.
MP de Contas tenta impedir posse de Marco Peixoto na presidência do TCE-RS
O sistema de revezamento na presidência do TCE define que o cargo máximo do tribunal será sempre ocupado pelo 1º vice-presidente, posição ocupada hoje por Peixoto. Ele sucederá a Cezar Miola, que passou os últimos quatro anos na vaga. O mandato é de um ano, renovável por mais um. No caso de Miola, houve um acordo para que o conselheiro permanecesse por mais tempo. Na opinião do fundador da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, a indicação de Peixoto é um retrocesso para a Corte: