Segue internado, em situação estável, no HPS de Canoas, o menino de seis anos encontrado com graves ferimentos e desacordado, abandonado no terreno de uma creche de Nova Santa Rita na manhã de domingo. Familiares tiveram acesso ao resultado dos exames periciais, com a comprovação de que ele não foi vítima de estupro.
- Nós não sabemos ainda ao certo o que aconteceu. Passei a madrugada de domingo toda andando pela Restinga atrás do meu filho, sem notícias. Fui nas casas dos amigos e me desesperei. Estava assustada demais e nem consegui registrar o desaparecimento dele - relata a mãe, de 31 anos, que o acompanha no hospital.
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Na manhã de domingo, quando soube do encontro do menino por vizinhos de uma creche de Nova Santa Rita, a mãe levou um susto.
- Eu nem sabia onde era Nova Santa Rita - diz.
O menino relatou ter sido raptado do Bairro Restinga, na Zona Sul de Porto Alegre, no começo da noite de sábado por um homem em um carro escuro, que o atraiu ao lhe oferecer dinheiro. Pelo relato da criança, ele teria sido agredido dentro do carro e levado para fora de Porto Alegre. O agressor estaria armado com um facão e ameaçou a criança e sua família se fosse denunciado.
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- Deve ser vingança por alguma coisa, não sei. Estamos com muito medo. Agora vou tentar dar segurança máxima para os meus filhos - desabafa a mãe.
A criança ferida é a mais nova de quatro filhos.
A DP de Nova Santa Rita colheu as primeiras informações do crime. Ouviu nesta segunda-feira novamente a mãe e fez o levantamento do local onde a criança foi encontrada. Ainda no domingo, os investigadores não descartaram a possibilidade de que o crime tenha sido cometido por um familiar. O pai, que vive com a família, teria antecedente por agressão a outro dos seus filhos.
- Não aconteceu nada em casa. Fico revoltada quando escuto isso - desabafa a mãe.
A polícia não descarta um crime por vingança justamente contra a mãe. Em 2013, a mulher foi indiciada por tentativa de homicídio no Bairro Restinga ao agredir outra mulher a golpes de facão. Antes desse crime, ela foi vítima de dois casos de agressão.
O caso agora será investigado pelo Deca, já que o rapto aconteceu em Porto Alegre.
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