O presidente das Maldivas, Abdullah Yameen, decretou nesta quarta-feira estado de exceção, que amplia os poderes das forças de segurança, antes de uma manifestação contra o governo, anunciou seu porta-voz.
A decisão ocorre dois dias antes da realização de um protesto organizado pelo Partido Democrático das Maldivas (MDP), principal partido da oposição, cujo líder Mohamed Nasheed está preso depois de um julgamento que a ONU descreveu como injusto.
"O presidente Yameen declarou estado de exceção para garantir a segurança de todos os cidadãos", disse seu porta-voz Ali Muaz.
A manifestação da oposição visa pressionar o presidente a libertar Mohamed Nasheed.
Nas últimas semanas, o arquipélago de 340.000 habitantes, muito popular entre os turistas, é palco de tensões.
Em setembro aconteceu uma explosão no iate que transportava o presidente, que saiu ileso. Sua esposa e outras duas pessoas ficaram feridas.
O FBI americano considerou que não havia provas de que a explosão foi causada por uma bomba, mas as autoridades acreditam que foi dirigido contra o presidente Yameen e prenderam o vice-presidente Ahmed Adeeb, acusado de tramar o assassinato.
Esta semana, o exército anunciou ter desativado uma bomba perto da residência presidencial.
O estado de exceção entrou em vigor na quarta-feira por um período de 30 dias e envolve a suspensão de diversas disposições da Constituição, segundo fontes oficiais.
Os deputados não podem, por exemplo, iniciar um processo de impeachment contra o chefe de Estado.
* AFP