Um estudo inédito realizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) aponta crescimento de 567% da população carcerária feminina brasileira nos últimos 15 anos. No Rio Grande do Sul, o registro foi de aumento de 41% entre 2007 e 2014, cinco vezes maior que o dos homens - de 8% no mesmo período.
O Brasil tem a quinta maior população feminina em cadeias do mundo. A maioria, 68%, está detida por envolvimento com tráfico de drogas, enquanto que, entre os homens presos, o percentual é de somente 26%. Conforme o estudo, 47% dessas mulheres são portadoras de HIV, e 35% possuem sífilis.
Na média brasileira, 30% das mulheres presas aguardam condenação da justiça. No Rio Grande do Sul, o índice é um pouco maior, chega a 34%. O grande problema, entretanto, está no Sergipe. Apesar de possuir baixo número de mulheres presas, 99% delas ainda não foram condenadas.
O cenário das mulheres em penitenciárias gaúchas não é tão alarmante, segundo o estudo, no que diz respeito à superlotação. Há pelo menos uma vaga no RS para cada presa. Da população carcerária feminina no Estado, 85% têm até 45 anos, 67% são de cor branca e metade não completou o ensino fundamental.
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