Polícia suspeita que PM desaparecido em Gravataí foi vítima de emboscada

Enquanto o Grupamento de Busca e Salvamento, dos Bombeiros, segue mobilizado entre as margens do Arroio Barnabé, inclusive com o uso de cães farejadores, nas buscas pelo sargento Carlos Alberto de Oliveira Chiobatto, 42 anos, desaparecido desde a manhã de domingo, a Delegacia de Homicídios de Gravataí tenta esclarecer o mistério. E a possibilidade de que o policial tenha sido atraído para uma emboscada na Rua Lagoa Formosa, Vila Rica, é reforçada.

Na manhã desta segunda, os investigadores já ouviram algumas possíveis testemunhas e outras pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos. O objetivo, de acordo com o chefe de investigação, Jair Gonçalves, é conseguir determinar quais foram os últimos passos do sargento antes de desparecer. Informações não confirmadas pelo comando do 17º BPM dão conta de que traficantes locais teriam jurado de morte policiais em represália a uma recente ação que resultou na morte de um suspeito.

PM desaparecido em Gravataí foi visto em festa durante a madrugada

- Trabalhamos com todas as hipóteses. O importante, em primeiro lugar, é esclarecermos o desaparecimento - afirma o comandante do batalhão, tenente-coronel Vanderlei Mayer Padilha.

Pai de três filhos, casado e morador de Viamão e lotado no canil do 17º BPM, de Gravataí, sabe-se que ele trabalhou até o final da noite de sábado. Durante a madrugada, teria sido visto em uma festa no Clube da Cerveja, que fica na Avenida Dorival de Oliveira, em Gravataí. Às 6h30min de domingo, a Brigada Militar foi acionada para atender a um tiroteio na Vila Rica. Os policiais só encontraram o Uno do sargento crivado de tiros de pistola 9mm, .380 e .40.


Sargento Chiobatto atua no canil da Brigada Militar de Gravataí. Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

A polícia já teria localizado uma pessoa que esteve com Chiobatto na festa da madrugada. Ela deve ser ouvida.

Desde as primeiras horas da manhã desta segunda os Bombeiros retomaram as buscas ao sargento. Mesmo com o uso de cães farejadores, até o final da manhã nenhuma nova pista surgiu. À tarde, mergulhadores devem ajudar nas buscas entre o Arroio Barnabé e o Rio Gravataí. Ao lado do carro estilhaçado à beira do Arroio Barnabé, havia uma trilha de sangue e objetos pessoais do policial militar.

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