Áreas comerciais e residenciais
Com o objetivo de se tornar uma referência nacional na área de saúde, um complexo multiuso acaba de ser anunciado para Canoas, na Região Metropolitana. Consultórios médicos, serviços de diagnóstico e atendimentos de baixa e média complexidade terão espaço em uma área total de 50 mil m² prevista para ser inaugurada em 2019.
Localizado às margens da BR-116, perto da Praça do Avião, o Maxplaza pretende funcionar como um empreendimento que ajude a desafogar a demanda dos hospitais de Porto Alegre e facilitar o atendimento em Canoas. Para os moradores dos arredores da Capital, pode também ser a oportunidade de encontrar atendimento médico mais perto de casa. Um dos parceiros no empreendimento será o Hospital Moinhos de Vento, que terá uma área de 600 m² dedicada à medicina diagnóstica.
- O paciente vai poder pegar um raio-X, fazer fisioterapia ou um exame de sangue, por exemplo, sem a necessidade de se deslocar até Porto Alegre. Na unidades do Moinhos, o atendimento deverá ser focado, em um primeiro momento, nas áreas de cardiologia e radiologia. A previsão é de recebermos 3 mil pessoas por mês nesse espaço - avalia o superintendente executivo do hospital, Fernando Andreatta Torelly.
Atualmente, segundo Torelly, o hospital faz cerca de 22 mil exames por mês em Porto Alegre. No novo complexo, além da área dedicada à saúde, também haverá espaço para quem quer morar, trabalhar e se hospedar. O empreendimento está sendo construído pela Melnick Even.
Complexo é parte do "Vale da Saúde"
O projeto faz parte da iniciativa para estimular o surgimento de um polo tecnológico voltado para a medicina no Estado, inspirado no Medical Valley alemão. A criação e implantação de novas referências em saúde nesse cluster de tecnologias estão previstos em um acordo firmado pelo governo do Rio Grande do Sul com 44 entidades parceiras, incluindo hospitais e universidades.
A abertura oficial do chamado "Vale da Saúde" deve acontecer para março do próximo ano. Há projetos semelhantes sendo desenvolvidos em Boston, nos Estados Unidos, e em Xangai, na China - e o Estado planeja estreitar uma rede de colaboração com esses países. Entre os resultados previstos, estão maior qualidade e menores custos no tratamento da saúde, envolvendo prevenção, diagnóstico, terapia e cura, a partir do uso de tecnologia e soluções inovadoras.
Além das torres dedicadas aos consultórios e o centro médico, o Maxplaza contará com uma área residencial (em duas torres), uma torre comercial, outra para consultórios e um hotel. Os prédios serão independentes dos serviços voltados à saúde, mas próximos o suficiente para moradores e hóspedes terem os terem por perto quando precisarem. No shopping, estabelecimentos como farmácia e lojas de alimentação também estarão à disposição dos visitantes.
- Entendemos que os serviços de saúde precisam estar mais próximos da população, e nesse complexo mesmo quem vai se hospedar no hotel ou morar na área residencial poderá contar com esse atendimento medicinal por perto - explica Leandro Melnick, diretor da Melnick Even.
Mesmo a hospedagem no hotel tem relação com a saúde: um centro de eventos poderá ser usado para palestras, e os quartos estarão à disposição dos familiares de pacientes, por exemplo. Já os apartamentos residenciais e escritórios, não necessariamente relacionaods ao uso médico, são enxutos: têm a partir de 27 m² (no espaço office) e até 47 m² (apartamentos de um dormitório).
- O Maxplaza vai atender a demanda não só de pacientes, mas de estudantes e profissionais de toda a Região Metropolitana, que passarão a ter uma grande variedade de serviços por perto - completa Leandro.
A escolha por Canoas se deu, conforme os responsáveis, pela localização e potencial da cidade como ponto estratégico para novos investimentos. Para o prefeito Jairo Jorge, o empreendimento traz a possibilidade de transformar Canoas em um polo de saúde.
Maxplaza
Composto por cinco torres, o complexo vai contar com centro médico, consultórios, hotel (com centro de eventos), salas comerciais, apartamentos residenciais e mall com lojas e serviços.
Custo total: R$ 302 milhões
Área: 11 mil m² de terreno e 50 mil m² de área construída
Previsão de circulação diária: cerca de 5 mil pessoas
Previsão de conclusão: 40 meses (até o final de 2019)