O PSOL divulgou nota na tarde desta sexta-feira, em que diz que a situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou ao limite e defende sua saída imediata do cargo. No texto, assinado pelo líder Chico Alencar (RJ), o partido diz considerar que "não há mais sequer o benefício da dúvida brandido por alguns" em favor do peemedebista.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na quinta-feira abertura de novo inquérito contra Cunha e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta novo bloqueio de duas contas bancárias mantidas na Suíça atribuídas ao presidente da Câmara. Cunha é acusado de ocultar conta também nos Estados Unidos.
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"Aos que esperavam 'provas cabais', como a assinatura do parlamentar em operações bancárias no exterior, e outros documentos probatórios de seu envolvimento direto com transações ilícitas, ei-los: inquestionáveis, contundentes, definitivos!", diz a nota.
Com o apoio de 34 deputados petistas, PSOL e Rede Sustentabilidade entraram nesta semana com uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Cunha no Conselho de Ética.
Alencar informa na mensagem que vai pedir que os novos documentos sejam anexados à representação.
"Não se trata de aditamento de novos elementos, mas de peça que reforça o que ali já está denunciado", explica o líder.
Deputados do PSOL e da Rede foram os únicos a cobrar em plenário a saída de Cunha. Tanto partidos de oposição quanto de governo evitaram se pronunciar abertamente sobre um possível afastamento do peemedebista. Enquanto governistas querem evitar o início do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, os oposicionistas esperam que Cunha defira os requerimentos protocolados pedindo o afastamento da petista.
Líderes da oposição destacaram que emitiram nota no último final de semana pedindo a saída de Cunha, mas evitaram pressioná-lo publicamente.
*Estadão Conteúdo