
O número de pontos sem energia elétrica no Estado diminuiu para cerca de 52 mil neste domingo. No sábado, aproximadamente 80 mil clientes da AES Sul e 4 mil da CEEE sofriam com a falta de luz.
No caso da CEEE, o problema está concentrado na região das Ilhas de Porto Alegre, onde houve um desligamento de energia por questões de segurança, afetando cerca de 2 mil clientes. A empresa informou que está monitorando a situação da enchente para que o serviço seja normalizado e que equipes estão finalizando, neste domingo, os atendimentos em pontos isolados de Porto Alegre, Viamão, Alvorada e Santa Vitória do Palmar. Conforme a CEEE, a maior parte das quedas de energia causadas pelo temporal do final desta semana já foi consertada.
A AES Sul, que estava com cerca de 80 mil clientes sem luz no sábado, reduziu o número para 50 mil neste domingo. As principais cidades afetadas são Santa Maria, Cachoeira, Canoas, São Sepé, Alegrete, Sapucaia do Sul, São Francisco de Assis e Jaguari. Não há previsão para normalização total do serviço, mas, de acordo com a empresa, 1,5 mil pessoas estão trabalhando para isso.
A RGE afirmou que todos os seus clientes com falta de energia devido ao temporal foram atendidos até a tarde de sábado.
Nível do Guaíba baixa na manhã deste domingo
As justificativas para a dificuldade das distribuidoras para normalizar o serviço são diversas: vão desde a complexidade dos danos, passando por problemas em acessar as áreas afetadas pela falta de energia até uma questão de prioridades (serviços essenciais e estações que atendem a mais clientes costumam ser atendidos primeiro). Zero Hora conversou com as concessionárias na sexta-feira. Veja o que disseram a AES Sul e CEEE:
AES Sul
Distribuidora com mais clientes afetados pela falta de energia (o número chegou a 490 mil), a AES Sul diz que a principal dificuldade na resolução dos problemas se dá em função dos danos às redes. Muitas delas, segundo a concessionária, foram danificadas pelas quedas de postes e árvores e têm de ser reconstruídas.
Conforme o coordenador de leitura e entrega da AES Sul, Fábio Calvo, cerca de 1,5 mil pessoas, entre técnicos e eletricistas, trabalham no restabelecimento do serviço em todo o Estado. A empresa explica que a prioridade no atendimento são serviços essenciais e ocorrências de perigo (locais onde há cabos energizados, por exemplo). Em seguida, são atendidos os casos que afetam mais clientes em uma mesma região, até chegar aos casos individuais.
CEEE
Segundo o diretor de distribuição da CEEE, Júlio Hofer, o principal entrave à normalização do serviço é a logística. Conforme Hofer, a área de concessão da companhia teve muitos problemas isolados, como quedas de postes e rompimento de cabos, em diferentes pontos de Porto Alegre, o que provoca demora no deslocamento e, consequentemente, no atendimento às ocorrências.