Recém-empossado ministro da Educação, Aloizio Mercadante passou o cargo de titular da Casa Civil para o novo ministro, Jaques Wagner, com duras críticas à oposição e ao que chamou de golpismo.
- Foi-se o Natal, o Ano Novo, e parte da oposição não percebeu que foram derrotados nas urnas - acusou.
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Para o ministro, parte da oposição quis prolongar o ano eleitoral de 2014.
- Alguns, em seus devaneios partidarizados, apostaram que o governo acabaria em 2013, assim como fazem hoje. Saem por aí dizendo que o Brasil acabou, acenam desavergonhadamente com o golpe e o terceiro turno", afirmou.
Mercadante disse ainda que há uma tentativa de criminalizar doações eleitorais "lícitas e transparentes". Ele disse que a Operação Lava-Jato é imprescindível, mas que teve efeitos negativos sobre a economia brasileira.
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O ministro afirmou que o governo não teme a crise, porque o Brasil de hoje "é bem maior do que a realidade atual". Ele acrescentou que o país vem fazendo todos os esforços para enfrentar a pior crise econômica desde 1929 e evitar que seus efeitos cheguem ao emprego.
- Quando iniciamos a campanha eleitoral, vivíamos em um mundo. Encerrada a campanha, o mundo era outro - completou.
Segundo o ministro, nesse cenário o ajuste fiscal é inevitável, como uma vacina, que uma hora tem que ser tomada.
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- Não prolongar 2014 e não antecipar 2018 é suficiente para que Brasil supere essa fase e retome crescimento - afirmou.
Mercadante disse ainda que o segundo governo da presidente Dilma Rousseff ainda está no nono mês e é muito cedo para se ver os resultados.
*Estadão Conteúdo