Atingida por um tiro de pistola 380 em 27 de setembro quando chegava ao condomínio onde mora, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, a estudante de Direito Ana Cristina Nalovaiko, 34 anos, teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regina no último fim de semana e se recupera bem. Ela perdeu 30% do fígado e deve ser liberada do hospital na próxima quarta-feira, quando prestará novo depoimento à Polícia Civil.
Um dos filhos dela, de 12 anos, acabou atingido na coluna pela mesma bala. Após cirurgia, o menino recupera aos poucos os movimentos das pernas e não corre risco de ficar paraplégico. Porém, de acordo com o médico-cirurgião Rogério Neves (pai dele e marido de Ana), o menino teve perda de movimentos finos nos pés e pode ficar com sequela permanente.
Em entrevista a Zero Hora, a estudante disse ter "certeza absoluta" de que não foi atacada devido a uma briga de trânsito - hipótese tida como a mais provável pela Polícia Civil até o momento. Delegado responsável pelo caso, Enizaldo Plentz se disse surpreso pela afirmação da vítima e garantiu que a estudante confirmou em depoimento a possibilidade de uma briga de trânsito ser a motivação do crime.
O disparo veio de um Corolla, que parou ao lado do carro de Ana Cristina após uma perseguição por quase 10 quilômetros. O veículo seguiu o carro de Ana desde a saída de um shopping na BR-116 até o portão do condomínio. De acordo com a polícia, os suspeitos da tentativa de homicídio ainda não foram identificados. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas. Após se recuperar, Ana Cristina irá embora para Itajaí (SC), sua cidade natal, com os dois filhos.
