Os servidores públicos estaduais entram no terceiro dia de greve nesta quarta-feira. A previsão dos sindicatos é de que serviços como escolas, segurança pública e atendimentos da saúde continuem sendo afetados.
O principal ato do dia, previsto pelo chamado Movimento Unificado - que reúne 44 categorias - é um "barulhaço", ao meio-dia, com duração de oito minutos. Chamado de "Acorda, Sartori", o movimento deve ser simultâneo em todo o Estado. Na Capital, a concentração dos grevistas será em frente ao Palácio Piratini, mas também deve ocorrer em outras repartições públicas.
- Cada minuto de barulho vai representar um mês do governo Sartori. Queremos chamar a atenção do nosso governador, para que ele pense no que fez nesses meses para solucionar a crise - afirma o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnoud.
Veja como devem ficar os serviços nesta quarta-feira:
Segurança Pública: a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros devem continuar promovendo aquartelamento, iniciado nesta terça. Os policiais militares são orientados a deixar os batalhões somente para atender ocorrências urgentes e emergentes. Conforme a Abamf, 80% dos brigadianos não saíram dos quarteis nesta terça, contrariando o comando-geral da BM, que garantiu que 90% dos PMs foram para a rua. A Polícia Civil deve continuar atendendo somente crimes graves, como homicídios e acidentes com morte, e interromper as investigações. Os agentes penitenciários também devem manter apenas 30% do efetivo trabalhando nas cadeias.
Bancos: a Justiça concedeu liminar permitindo que as agências bancárias não abram a partir desta quarta, por falta de policiamento ostensivo, atendendo a um pedido dos bancários. A associação que representa os bancos não se manifestou sobre o assunto.
Educação: as escolas estaduais devem permanecer fechadas. De acordo com o Cpers, mais de 90% dos professores estão paralisados. A orientação é de que os pais não levem os filhos para a aula. A categoria irá se reunir às 14h para discutir, entre outros assuntos, se a mobilização se estenderá até sexta-feira.
Saúde: instituições estaduais de saúde seguem aderindo ao movimento, mantendo somente os serviços essenciais em locais como Hospital Sanatório Partenon, Hospital Psiquiátrico São Pedro, Hospital Colônia Itapuã, Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e Ambulatório de Dermatologia Sanitária. O mesmo ocorre nas coordenadorias de saúde. Já a Escola de Saúde Pública deve paralisar completamente.
Transporte público: não há paralisação e nem previsão de interromper o serviço na Capital. Segundo representantes dos rodoviários, as linhas irão ser suspensas somente em caso real de ameaça aos trabalhadores.