A propaganda nacional no PSDB, que foi ao ar na noite desta segunda-feira, defende que o partido não é oposição ao Brasil e que é hora de o PT pagar por seus erros - mas sem falar em impeachment.
No vídeo, que tem duração de 10 minutos, líderes do PSDB, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os senadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticam medidas do governo Dilma, como a possibilidade da volta da CPMF e a mudança em alguns direitos trabalhistas.
- Nós avisamos: está entrando água no barco, pode afundar. Mas o PT se fez de surdo, não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a eleição - afirmou José Serra. - Acho que está na hora de o PT pagar pelos seus próprios erros - completou.
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Em sua aparição, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a gestão da presidente Dilma Rousseff "está derretendo". Para FHC, que já defendeu a renúncia de Dilma, "está na hora de a presidente ter grandeza e pensar no que é melhor para o Brasil e não para o PT".
- O Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história. E o governo do PT escolheu o pior caminho para enfrentá-la: aumentou impostos e juros, piorando ainda mais o drama do desemprego - disse Alckmin.
A propaganda traz críticas à recriação da CPMF, anunciada pelo governo federal como medida para equilibrar o orçamento do próximo ano. O vídeo mostra, ainda, uma imagem da presidente Dilma Rousseff, durante as eleições, afirmando que não pensava em recriar a CPMF "porque não seria correto".
Aécio Neves, que perdeu a última eleição para Dilma, diz que a crise será superada "quando a verdade substituir a mentira e a competência voltar a conduzir os destinos do país".
- Somos oposição, sim, mas somos oposição a esse governo, não somos e nem jamais seremos oposição ao Brasil. Se o governo quiser trazer de volta imposto do cheque, seremos contra. Mas se esse mesmo governo reduzir impostos sobre a folha de pagamento para que empresas parem de demitir, seremos a favor - disse Aécio.
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A propaganda menciona, ainda, a perda pelo Brasil do grau de investimento na classificação de crédito da Standard and Poor's (S&P), o pedido do TSE para investigação das contas da presidente e a análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das contas do governo em 2014.
No final, o programa reage às acusações de partidários de Dilma e do governo de que a oposição planeja um golpe, sugerindo que quem aplicou um golpe foi o governo, ao prometer controlar a inflação, não mexer no seguro-desemprego e aumentar a tarifa de energia elétrica.