O esperado julgamento das contas de 2014 da presidente da República, Dilma Rousseff, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) deve ocorrer na semana que vem. O ministro relator do caso, Augusto Nardes, disse nesta quarta-feira estar "pronto para votar" e pediu ao presidente da Corte, Aroldo Cedraz, responsável pela definição da sessão, que marcasse o julgamento para a próxima quarta-feira. O pedido de Nardes foi endossado pelos demais ministros do TCU na sessão que começou há pouco.
Julgamento de contas deve ser concluído no início outubro, diz ministro do TCU
TCU concede mais 15 dias para o governo explicar contas de 2014
Cedraz, no entanto, disse que somente poderia marcar uma data quando estivesse com o relatório técnico sobre o parecer das contas de 2014 liberado - o que ainda não ocorreu. Em discussão quente entre Nardes e Cedraz, o relator disse que liberaria o relatório na quinta-feira, e Cedraz deu a entender que, com esse movimento, o julgamento estará livre para ocorrer na semana que vem. Não necessariamente na próxima quarta, mas ainda na semana que vem.
As contas de 2014 contam com 15 "distorções" encontradas pela área técnica do TCU. A mais dramática delas é a "pedalada fiscal", revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo em julho do ano passado.
Manifestantes pedem ao TCU que reprove contas de Dilma por causa de pedaladas fiscais
Planalto pedirá apoio de Estados em julgamento das pedaladas no TCU
O governo enviou duas defesas, com mais de 2 mil páginas, para o TCU para tentar reverter uma provável reprovação das contas. Essa rejeição, pelo TCU, é aguardada pela oposição no Congresso para justificar a abertura de um processo de impeachment.
O caso no TCU é olhado por lupa pelo mercado financeiro e por agências de rating devido o potencial impacto político e fiscal sobre o governo Dilma Rousseff. Na semana passada, a equipe da agência Fitch teve reunião com Nardes no TCU para tratar das "pedaladas fiscais" e as contas de 2014. Nardes, na ocasião, disse que o julgamento será "técnico".
Leia as últimas notícias
*Estadão Conteúdo