Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em greve aguardam uma posição do Ministério do Planejamento sobre as negociações que podem terminar com a paralisação que já dura mais de dois meses. Na terça-feira, uma reunião em Brasília terminou novamente sem acordo, e o governo pediu um prazo de 48 horas para analisar as reivindicações da categoria.
Em Porto Alegre, as agências seguem fechadas, deixando entrar apenas quem tem perícia agendada. A orientação é marcar o serviço pelo fone 135.
A perícia médica é exigida para o cidadão receber benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial e para reconhecimento de acidentes de trabalho.
Os benefícios não serão cortados pelo INSS durante a greve. O segurado, porém, precisa registrar o pedido de prorrogação assim que receber a recomendação de estender a licença.
A Associação dos Médicos Peritos explica que estão sendo priorizados atendimentos a quem faz a perícia pela primeira vez, quem ainda não está no auxílio doença, grávidas, idosos e deficientes físicos. Quem comparecer, caso não seja atendido, terá o serviço remarcado. Mas se o posto estiver completamente fechado, o segurado deve ligar para a Central 135 e registrar a tentativa.
Os servidores do INSS de todo o Brasil estão em greve desde o dia 7 de julho. Eles querem 27,5% de reajuste salarial, jornada de 30 horas e incorporação das gratificações para a aposentadoria. O governo ofereceu 10,8% em duas vezes, e a proposta foi rejeitada.