Com imagens montadas por computador a partir do depoimento de testemunhas, a Polícia Civil espera chegar aos assassinos do comerciante Iuberi Machado Nunes, 64 anos. Artesão e expositor do Brique da Redenção, na Capital, ele foi morto durante um assalto no Bairro Petrópolis, no dia 16 de agosto.
Na tarde desta segunda-feira, a 8ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre divulgou os retratos falados criados depois de colhidos diversos depoimentos. O trabalho foi realizado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Agora, a polícia conta com a ajuda da comunidade para identificar os suspeitos.
- Caso alguém nos ligue dizendo que determinado retrato parece com alguém, começamos a pesquisar. Entramos no sistema, por exemplo, e conferimos se cometeu outros crimes. Até mesmo policiais de outras partes da Região Metropolitana poderão nos ajudar - afirma o comissário de polícia Rogério Silva.
Homem assassinado no bairro Petrópolis era expositor do Brique da Redenção
A investigação apontou que Iuberi reagiu ao ataque. O artesão estava com a filha e foi até a casa da ex-mulher, na Avenida Lageado, para entregar objetos. Ao estacionar a BMW para descarregar, Nunes foi abordado por dois homens que solicitaram dinheiro. Um deles, que estava armado, se aproximou da vítima para pegar a carteira e a chave do veículo. Como não mostrou a arma, a polícia acredita que Iuberi sentiu que poderia reagir.
- O comerciante avançou no pescoço, mas o criminoso se afastou, levantando o braço e disparando de cima para baixo. O tiro atingiu a testa da vítima - conta o comissário Rogério.
Iuberi Machado Nunes era expositor no Brique da Redenção
Foto: Associação dos Artesãos do Brique da Redenção / Divulgação
A polícia irá buscar imagens de câmeras de segurança da região na tentativa de auxiliar na identificação dos autores do crime. A titular da 8ª DP, delegada Vandi Lemos Tatsch, fez questão de destacar que não havia policiamento ostensivo naquele momento no local.
- O senhor Iuberi era um cidadão exemplar. Só temos ouvido coisas boas dele de todos. Isso nos faz querer ainda mais trabalhar nesse caso e achar os responsáveis - afirmou a delegada.
Denúncias podem ser feitas para os telefones:
Disque Denúncia - 181
Comissário Rogério Silva: 9707-7357
* Diário Gaúcho
