O deputado Diógenes Basegio (PDT), alvo de um processo na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, depôs nesta terça-feira na subcomissão formada para avaliar as denúncias contra ele. Na reunião, que durou aproximadamente duas horas, ele deu uma justificativa nova para a contratação de uma servidora. As informações são do blog Cenário Político, da Rádio Gaúcha.
Ao contrário do que afirmou no programa Gaúcha Repórter no dia 8 de junho, Basegio argumentou que a senhora Edi Vieira trabalhou efetivamente para ele, e não era contratada apenas no papel.
Diógenes Basegio depõe na Comissão de Ética Parlamentar
"Se manipulei dinheiro, era dinheiro meu", diz deputado Diógenes Basegio
- Ela foi contratada porque sempre trabalhou conosco, ela exerceu um cargo desses do Interior - afirmou.
O contrato formal com a Assembleia durou cinco meses, em 2011. Basegio disse que afirmou à Rádio Gaúcha que Edi nunca foi servidora porque se referia ao período em que ele foi vereador em Passo Fundo.
"É muito fácil sujar a ficha de alguém", diz corregedor que investigará Basegio
Assembleia Legislativa abre processo disciplinar contra deputado Diógenes Basegio
Sobre a outra denúncia da corregedoria da Assembleia, de que o deputado se omitiu em denunciar o ex-chefe de gabinete, Neuromar Gatto, após descobrir irregularidades cometidas por ele, Basegio disse que "não tinha provas cabais" para denunciá-lo, por isso optou apenas por exonerá-lo. Já na entrevista ao Gaúcha Repórter, havia dito que em ano eleitoral, teria mais a perder com a denúncia do que o funcionário.
A Subcomissão de Ética da Assembleia terá a partir de agora o prazo de cinco sessões legislativas (aproximadamente duas semanas) para votar pelo arquivamento ou seguimento do processo, que ainda precisa passar pelo crivo da comissões de Ética e de Constituição e Justiça. Se houver pedido de cassação do mandato, a medida precisa ser aprovada por maioria absoluta no plenário da Casa. Até hoje, não houve cassação de mandato na Assembleia gaúcha.
Deputado Diógenes Basegio admite contratação irregular de funcionária
Fortunati e Basegio negociaram cargo para a primeira-dama na Assembleia, acusa assessor
Ouça a entrevista na íntegra:
*Rádio Gaúcha