Como o MBL organiza os protestos contra Dilma na Capital

É com intensa campanha em redes sociais e a união de esforços de voluntários que os organizadores dos protestos contra o governo federal divulgam e fazem seus atos ganharem corpo. No evento criado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) RS no Facebook, 66 mil simpatizantes já confirmaram participação na passeata de domingo, que tem como objetivo central forçar a saída de Dilma Rousseff do poder.

Assim como nas manifestações realizadas em 15 de março e 12 de abril, os grupos Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Revoltados Online esperam levar centenas de milhares de pessoas às ruas em todo o Brasil. Em Porto Alegre, a caminhada está prevista para as 14h, partindo do Parcão com destino ao Parque Farroupilha (Redenção).

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O publicitário Fábio Born, 34 anos, é um dos apoiadores da mobilização. Fora do seu horário de trabalho, o jovem dedica parte do seu tempo livre a criar, gratuitamente, artes gráficas para o grupo:

- Não participo diretamente do processo de planejamento, mas contribuo com aquilo que possa ajudar. Se cada um fizer um pouco, a gente consegue essas mudanças tão importantes para o nosso futuro.

Os cartazes e panfletos desenhados por Born são espalhados pela cidade com o auxílio de outros voluntários que trocam os horários de folga pela divulgação da causa. A estudante de medicina Giovana Dal Pozo, 21 anos, conheceu o movimento no final do ano passado e, desde então, tem ajudado como pode: pendurando faixas, entregando folhetos e se revezando na geração de conteúdo para a página do MBL no Facebook. Para a futura médica, a saída de Dilma da Presidência é o único remédio possível para o Brasil.

- Temos que restaurar a moralidade no país, punir os grandes. A Lava-Jato é um grande passo. E também é fundamental acabar com o aparelhamento que o PT tem feito do Estado - comenta Giovana.


Ato para divulgar o protesto de domingo ocorreu nesta quinta-feira, na esquina das avenidas Erico Verissimo e Ipiranga, em Porto Alegre (Foto: Marcelo Oliveira)