O ministro da Defesa, Jaques Wagner, rebateu nesta quinta-feira, a afirmação do editorial do jornal britânico Financial Times, de que a situação política e econômica do Brasil leva o país a ser comparado com um "filme de terror sem fim".
- Esse jornal nunca olhou para o Brasil com bons olhos. A adjetivação deles eu prefiro que eles guardem com eles. Nós estamos num filme de superação e, como todo filme de superação, é realmente um filme de dificuldades - disse o ministro da Defesa em visita ao Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira, na base naval da Ilha de Mocanguê, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
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Wagner ressaltou que o Brasil viveu um período de bonança nos últimos anos, com crescimento das empresas e a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média.
- A linha condutora de uma nação não é uma linha horizontal, paralela ao piso, ela tem altos e baixos. Já tivemos momentos melhores, agora estamos num momento de dificuldade. Vamos superar como superamos e vamos chegar lá. Aí quem sabe o Financial resolva dizer que foi um conto de fadas - afirmou.
Com o título "Recessão e politicagem: a crescente podridão no Brasil", o texto do Financial Times também afirma que "tempos piores ainda podem estar por vir", diante do risco de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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- Quem vai tratar de impeachment é a Câmara dos Deputados, se assim o decidir. Eu nem enxergo esse horizonte do impeachment, não vejo massa crítica nenhuma - afirmou nesta quinta o ministro Jaques Wagner, ao ser questionado sobre a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter procurado seu antecessor Fernando Henrique Cardoso para discutir a crise política e um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff.
- A gente está num momento difícil, porque o quadro da economia mundial é difícil. ê preciso serenidade, bom senso e imagino que os dois ex-presidentes têm de sobra essas qualidades. Eu aplaudiria muito se houver esse encontro, (mas) não para tratar de impeachment. O encontro de dois presidentes teria uma agenda muito superior a essa - disse o ministro da Defesa, embora tenha afirmado não ter informações sobre a veracidade do encontro entre Lula e FHC.
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*Estadão Conteúdo