Sinal de quem vive aviação 24 horas por dia, o empresário David Neeleman, fundador da companhia aérea Azul e que no mês passado comprou a portuguesa TAP, era um dos mais entusiasmados ao conhecer o novo Airbus A350. Durante apresentação do novo jato no Brasil ele sentou em diferentes poltronas, abriu portas de toaletes, conferindo o espaço interior, observou a iluminação indireta nos corredores, as janelas maiores que iluminam melhor a cabine e parou para fazer selfies na cockpit dos pilotos, que parece o comando de uma nave espacial como vemos no cinema.
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A nova aeronave da fabricante europeia - da qual há apenas cinco em voo, mas 781 encomendas nas fila - fez um voo de apresentação nesta quarta-feira em Viracopos, Campinas (SP), aeroporto concentrador das operações da Azul. Depois do tour conhecendo o moderno A350 e questionando representantes da Airbus sobre as novidades vistas a bordo, Neeleman concedeu entrevista exclusiva para ZH no pátio de Viracopos, em frente ao avião do qual encomendou cinco unidades para a Azul. O empresário, que já tem no currículo a fundação de três companhias aéreas, falou sobre como pretende comandar a TAP.
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Como que se faz para pagar uma dívida de 1 bilhão de euros de uma companhia aérea, como é o caso da TAP?
A dívida não é tudo isso. É metade disso, cerca de 500 milhões de euros (quase R$ 1,8 bi). A outra parte é referente a arrendamento de aviões, que vamos começar a devolver. Então, ficará um valor menor.
E quanto tempo será necessário para quitar a dívida que restar?
Oito anos. Em oito anos vamos pagar tudo.
Quando o senhor assumir a TAP (por meio de um consórcio que inclui um empresário português), qual será a primeira medida?
Qual a primeira medida?
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Isso, qual será a primeira ação?
Vamos modernizar os aviões. A frota está bem desgastada.
A TAP está na fila de encomendas do A350, mas o senhor já anunciou que fará uma troca aí. Como será isso e qual a finalidade?
A TAP não precisa de aviões para chegar à Ásia, por exemplo, então vamos trocar a compra de A350 por modelos menores da Airbus, que vão atender prontamente as rotas da companhia.
Os A350 encomendados pela TAP poderiam vir para a Azul?
Não, porque os cinco que encomendamos para a Azul são suficientes para complementar as operações internacionais, nas quais já temos A330.
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Ainda sobre a TAP, há chance de cortar algum voo para as 12 cidades brasileiras a partir de Lisboa?
Pelo contrário, vamos aumentar. Aqui de Campinas, por exemplo, pode ser diário (para Lisboa). Hoje é três vezes por semana.