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Como se um filme de terror passasse na cabeça, é inevitável para Josenilda Miranda, mãe de Emili Miranda Anacleto, não conter as lágrimas durante coleta de seu material genético que ocorreu nesta quarta-feira, em Jaraguá do Sul. A saliva colhida por um agente norte-americano será levada para os EUA e comparada com os genes da garota encontrada morta no começo deste mês, em uma praia do Porto de Boston, no Estado de Masschusetts. O resultado deve sair nos próximos 30 dias.
O agente de polícia norte-americano, Phillip Chaves, trabalha atualmente na embaixada do EUA, em Brasília. Sem poder falar com a imprensa local ou ser fotografado, ele é o responsável pela missão de levar o material até os Estados Unidos.
Durante amostragem, Chaves coletou saliva de quatro pontos distintos. O objetivo é assegurar a veracidade do teste realizado, pois o material ficará em um banco de dados nacional dos EUA. Lá, caso uma nova criança com traços da Emili seja encontrada, todos os estados têm acesso aos dados de Josenilda.
A investigação foi motivada depois que o Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (National Center for Missing & Exploited Children, em inglês) divulgou, nas redes sociais, a imagem da reconstituição do rosto da menina encontrada morta na praia do Porto de Boston. A imagem chamou atenção de brasileiros. Entretanto, a delegada responsável pelo caso, Milena de Fátima Rosa, afirma que a linha de investigação principal não é com a menina de Boston. No momento, a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Jaraguá do Sul, com a Delegacia de Desaparecidos da Grande Florianópolis, continuam investigando outras denúncias.
Milena destaca que realizaram o teste por causa do pedido materno e por causa da comoção popular por meio das redes sociais. Para os peritos, não há possibilidade de Emili ser a garota encontrada morta, principalmente por causa da diferença de idade. Emili completou três anos em junho e a menina encontrada deve ter quatro anos.
- Para eliminar dúvida, a melhor alternativa foi realizar o teste - enfatiza.
Relembre o caso
Emili Miranda Anacleto, na época com quase dois anos, foi levada pelo pai, Alexandre Anacleto, 31 anos, durante uma visita assistida na casa da mãe da menina, em Jaraguá do Sul, no dia 21 de maio de 2014. Três dias depois do sumiço da criança, Alexandre foi encontrado morto e carbonizado junto ao seu carro na praia de Itajuba, em Barra Velha. Desde então, o desaparecimento vem sendo investigado.