A quinta-feira foi tumultuada no setor materno-infantil do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Sem a realização de partos na Casa de Saúde, as gestantes que dependem do SUS precisam recorrer ao Husm. Husm vai receber R$ 3,6 milhões do governo federal
Husm vai receber R$ 3,6 milhões do governo federal
Segundo a responsável pelo setor, a médica Kátia Trevisan, anteriormente eram realizados cerca de 10 nascimentos por dia. Agora, a média tem ficado em torno de 15 partos, número que deve aumentar nos próximos dias.
- O dia está sendo corrido. Estamos tentando adequar, mas não vemos uma melhora. A perspectiva é que piore - lamenta Kátia.
Na Casa de Saúde, a situação segue a mesma. A direção, por meio da assessoria, informou que continua as negociações para a contratação de novos profissionais, mas não há previsão de quando os obstetras assumirão.
Na quinta-feira, o grupo de obstetras que interrompeu os serviços informou ao "Diário" que está disposto a retornar os atendimentos. Segundo o médico Rodolpho Mello, a exigência é que as negociações passem a ser feitas com outra pessoa:
- A nossa exigência é afastar a irmã Ubaldina (presidente da Sefas, que administra a Casa de Saúde), pois, para o grupo, ela conduziu de forma inábil as negociações.
De acordo com Mello, o grupo está disposto a fazer um contrato emergencial pelo período de dois a três meses, com os mesmos valores do contrato anterior, mas exigindo, também, o pagamento dos salários de maio e junho. A Casa de Saúde informou que não foi comunicada.
Conforme a secretária de Saúde do município, Vania Olivo, a situação é gravíssima:
- Não conseguimos ver alternativa, mas vamos seguir trabalhando e estudando. A situação é complicada.
Ainda na quinta-feira, uma reunião entre o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e representantes da área da saúde, além da direção da Casa de Saúde e do Hospital de Caridade, discutiu alternativas para tentar solucionar os problemas da cidade.