A reportagem especial publicada pelo Diário no final de semana sobre a sensação de insegurança no Calçadão, na primeira quadra da Avenida Rio Branco, no entorno da Praça Saldanha Marinho e na Rua Alberto Pasqualini, gerou repercussão nas redes sociais.
Dos 180 comentários deixados na fanpage do jornal no Facebook, 66 tinham relação direta com a matéria. Destes, 48 comentam concordam que a área é insegura e falta de policiamento e iluminação, 12 pessoas lamentaram a situação e expuseram que, quando moraram em Santa Maria há anos atrás, a situação era diferente. Seis leitores deixaram
Por onde anda o perigo à noite no centro de Santa Maria
A reportagem esteve na área central em cinco dias (de 23 de junho a 2 de julho), 18h30min às 22h, para avaliar como as pessoas que transitam pelo local se sentiam. Apenas um dos 35 entrevistados comentou que era seguro. Todas as demais pessoas (estudantes e comerciantes) relataram casos de violência e se disseram inseguros. As causas da insegurança foram creditadas à falta de policiamento, a iluminação precária e à presença de grupos de jovens que intimidariam os usuários. Nos cinco dias, a equipe de reportagem do Diário constatou que, depois das 19h30min, não havia policiais, que os jovens realmemente se aglomeram no Calçadão e na Praça Saldanha Marinho e intimidam que por ali passa. Além disso, que há pontos escuros.
Confira alguns comentários via Facebook
"É um território sem lei. Estudo à noite em um curso que fica no Calçadão, já presenciamos coisas inacreditáveis. Não tem policiamento, está dominado pelas ganges (bondes, como eles se intitulam). O que impressiona é que são na maioria adolecentes. O uso de drogas e armas é liberado. A praça é totalmente escura. E o início da Rio Branco é muito mal iluminado. Não sei, eu não entendo o que está acontecendo com nossa cidade. Está mal cuidada, suja, ruas esburacadas e totalmente insegura" Alexandre Carvalho.
"Adoro visitar minha filha aí, mas morro de medo com a violência que tomou Santa Maria. E, quando volto pra casa, fico com o coração na mão de deixá-la aí. Só me resta rezar pela sua segurança... triste realidade! O que menos se vê é policiamento, a cidade está abandonada, à mercê dos marginais..." Eni Feltraco.
Titular do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Região Central, coronel Worney Dellani Mendonça, afirmou que não irá se manifestar sobre a repercussão da reportagem. Ele diz que não concorda com o enfoque dado pela reportagem, visto que foi analisado apenas um período do dia.
- Santa Maria é uma das cidades que já está quase saindo do ranking das 19 cidades mais violentas do estado. As pessoas elogiam o policiamento e eu não concordo que a cidade esteja insegura - explica o coronel.
Antes da publicação da reportagem, o coronel explicou como funciona a estratégia da Brigada Militar em Santa Maria. Confira aqui relato do coronel, na reportagem especial.
Seguindo a análise do coronel, seis leitores manifestaram se sentirem seguros ao andar pelas ruas da cidade à noite. Os comentários relatam que não há insegurança ou falta de policiamento, e os leitores ainda afirmam nunca terem sido vítimas de assalto na área central.
"Morei 6 anos na Av. Rio Branco, quase na esquina com Vale Machado. O Diário fez a reportagem até as 22h, durante esses 6 anos eu chegava em casa 23h e, com exceção de uma vez no meu primeiro ano, nunca aconteceu algum incidente comigo nessa região. Sensacionalismo barato" Rodrigo Teixeira, também via Facebook.