Pelo menos 30 servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fizeram uma mobilização nesta terça-feira, em frente à agência de Santa Maria, na Rua Venâncio Aires. A mobilização nacional teve uma grande adesão no Estado e na região. Além de Santa Maria, também não houve atendimento ao público em Caçapava do Sul, Júlio de Castilhos e Tupanciretã. Em Cacequi e São Gabriel, a adesão foi parcial.
- A greve, por enquanto, é por tempo indeterminado - afirma a delegada do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no Rio Grande do Sul (Sindisprev), Sonia Nasinak.
A categoria reivindica reajuste salarial de 27,5%, que representaria o cálculo da inflação acumulada desde 2010, incorporação de uma gratificação relacionada à produtividade, jornada de trabalho de 30 horas semanais para todos os servidores, aumento do benefício alimentação e a realização de um concurso público.
A proposta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de reajustar em 21,3%, de forma parcelada, até 2019 (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019), foi rejeitada pelos trabalhadores na tarde desta terça-feira, após reunião em Brasília.
De acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), funcionários de 19 estados aderiram à paralisação. A Fenasps estima que 70% dos servidores estejam parados.
Orientações aos segurados
Conforme o INSS, as datas de atendimento aos segurados serão remarcadas pela própria agência. Dúvidas podem ser esclarecidas pela central, no telefone 135. Em nota, o instituto informou que considerará a data originalmente agendada como a de entrada do requerimento, "de modo a evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados".
Também em nota oficial, o Ministério da Previdência Social manterá a negociação com os sindicatos para tentar chegar a um acordo para a retomada dos atendimentos à população o mais brevemente possível.