Homens armados suspeitos de pertencer ao grupo islamita Shebab lançaram nesta sexta-feira dois ataques simultâneos contra dois hotéis na capital somali Mogadíscio, matando cinco pessoas, indicaram fontes da segurança.
Segundo as mesmas fontes, pelo menos um dos atacantes comete um atentado suicida, projetando seu carro cheio de explosivos contra a barreira de segurança de um dos dois hotéis, muito vigiados e frequentados por empresários, funcionários do governo e parlamentares.
O atentado foi seguindo de um tiroteio, com os terroristas lançando granadas.
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Além disso, disparos de morteiros atingiram o antigo estádio de futebol de Mogadíscio, que se tornou uma base das tropas da União Africana na Somália, de acordo com autoridades da segurança.
De acordo com a Agência Nacional Somali de Inteligência e Segurança, os ataques terminaram nesta sexta-feira à noite, e pelo menos quatro terroristas foram mortos nos ataques contra os hotéis Weheliye e Siad, ambos localizados no centro de Mogadíscio, perto do complexo fortificado do governo, alvo regular dos shebabs islamitas.
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Mas de acordo com um jornalista da AFP, o tiroteio continuava ao redor do hotel Siad, e não se sabe se todos os atacantes foram neutralizados.
"O ataque contra o hotel Weheliye foi repelido e a situação está sob controle... Nossas forças encerraram o segundo ataque contra o hotel Siad", indica uma mensagem da Agência Nacional Somali de Inteligência e Segurança, que culpou os combatentes shebabs.
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Cinco civis e guardas de segurança foram mortos no ataque do Weheliye, mas não há informações sobre eventuais vítimas no outro hotel, declarou um funcionário da segurança, Mohamed Ali.
O duplo ataque não foi reivindicado, mas o grupo islamita intensificou seus ataques desde o início do mês de jejum muçulmano do Ramadã.
"Isso é típico de loucura (dos shebabs) de atacar na hora da quebra do jejum", indicou a Agência de Inteligência da Somália em um comunicado.
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Vencidos pela força militar da União Africana (AMISOM), os shebabs foram expulsos de Mogadíscio em agosto de 2011 e, em seguida, de quase todas as suas fortalezas do sul e centro da Somália.
No entanto, ainda controlam grandes áreas rurais, e passaram a adotar ações de guerrilha e ataques suicidas, particularmente na capital somali.
*AFP
África
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Atentados ocorreram simultaneamente e, um deles, era suicida
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