A Emater/RS-Ascar comemorou, nesta terça-feira, 60 anos de existência. Em Santa Maria, o escritório regional realizou um Café da Manhã Solidário para marcar a data. Representantes de apoiadores e do público atendido pela instituição participaram do evento, no Sindicato Rural. O momento de insegurança que vive a Emater, com a possibilidade de perda da filantropia e de atraso nos repasses são, para os extensionistas, mais uma fase desafiadora das muitas pelas quais a instituição já passou:
_ Vivemos percalços, mas o que nos sustenta é o nosso trabalho e o reconhecimento da importância da extensão rural. Mesmo em momento de crise, o Estado vê como estratégica a agropecuária familiar para o desenvolvimento econômico _ afirma a gerente regional da Emater, Regina Hernandes.
Ao longo das seis décadas de história, a Emater foi se adaptando às necessidades dos agricultores e pecuaristas. No começo, era a única responsável pela extensão rural, sendo a principal responsável pela transferência de tecnologia da Embrapa para as lavouras de soja, por exemplo. Porém, com a ascensão de empresas prestadoras desse serviço aos grandes produtores, a Emater foi se voltando aos pequenos.
_ Nós éramos onipresentes, os únicos a dar suporte técnico no campo. Hoje, estamos em 494 dos 497 municípios gaúchos, mas focados na agricultura e na pecuária familiares e em comunidades indígenas, quilombolas e assentadas _ diz o gerente adjunto, José Renato Cadó.
Atraso não afeta salários
Embora o governo estadual tenha sinalizado que deve atrasar o repasse mensal de R$ 10,5 milhões, além da redução das verbas de custeio, o presidente da Emater, Clair Kuhn, garante que o pagamento dos salários não deve atrasar.