Exilado há dois anos na Rússia, o ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden é aguardado no dia 5 de setembro em Oslo, na Noruega, para receber um prêmio relacionado à liberdade de expressão. Ainda não é o Nobel da Paz, a ser entregue na mesma capital um mês depois.
Mas tem lá sua importância: o americano foi agraciado com o Prêmio Bjørnson, concedido pela fundação que leva o nome do escritor norueguês agraciado com o Nobel de Literatura de 1903, Bjørnstjerne Bjørnson. O motivo? "Seu trabalho de proteção da vida privada e por ter ilustrado de forma crítica a vigilância dos cidadãos pelos Estados."
Congresso dos EUA aprova ampla reforma nos programas de vigilância da NSA
Não é mera coincidência que o anúncio do prêmio, na terça-feira, quase coincida com o segundo aniversário, na sexta-feira, da publicação da primeira reportagem, pelo jornal britânico The Guardian, sobre o sistema de coleta de metadados Prism, que deu origem à piada global "Obama está espiando".
A Lei Patriótica, que deu base legal ao programa da NSA, ficou quase dois dias suspensa em razão de um impasse no Senado. Há alguns dias, uma corte federal americana examinou a interceptação massiva de metadados de cidadãos americanos. O veredicto: o programa é ilegal. Dificilmente Snowden irá a Oslo em setembro - corre o risco de ser preso. Mas já pode se considerar multipremiado.
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