O delegado de Charqueadas, Rodrigo dos Reis, responsável pelo inquérito que apura a morte de Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, tomará terça-feira os depoimentos de dois apenados envolvidos no caso e que já foram transferidos da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) para a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), no mesmo município.
Também serão ouvidos três agentes penitenciários. Outros três depuseram nesta segunda-feira e, ainda esta semana, mais um preso, transferido para o Presídio Central, dará sua declaração acerca do crime. O delegado não revelou os nomes dos presos transferidos.
Sobre os depoimentos de segunda-feira, o delegado afirma que ajudaram a elucidar fatos relativos ao crime e à atuação dos próprios agentes penitenciários no momento do assassinato. Porém, não revelou detalhes.
- Evoluiu bastante a investigação. Os depoimentos foram bem produtivos e proveitosos. Chegamos a algumas conclusões, mas, como ainda não concluímos o inquérito, ainda não podemos passar mais informações - justifica.
Rodrigo, além de ouvir mais seis pessoas (os três presos transferidos e os três agentes), pretende voltar a analisar as imagens gravadas pelas câmeras de segurança do refeitório.
Teréu foi morto no dia 7 de maio, durante o horário de almoço. De acordo com as investigações, cinco detentos do Pavilhão A tiveram envolvimento direto no crime. Nas imagens, é possível ver que os dois principais articuladores da execução foram Ubirajara da Silva Barbosa, o Bira, e Paulo Márcio Duarte da Silva, conhecido como Maradona.
Maradona, nas gravações, anda de um lado para outro do refeitório com o prato de comida na mão, enquanto Bira passa com uma sacola plástica até o fundo do refeitório. Ele volta até a porta e sinaliza para que a execução de Teréu, que recém havia sentado para se almoçar, seja concretizada. Três presos o imobilizaram pelo pescoço e o jogaram no chão. Depois disso, o sufocaram com a sacola plástica.