O corpo de Luiz Henrique da Silveira foi sepultado às 18h10min desta segunda-feira, no Cemitério Municipal de Joinville. Centenas de pessoas acompanharam o cortejo pelas ruas da cidade, com homenagens durante o caminho até o enterro, e também o sepultamento.
Com salva de tiros, homenagens das guardas de Honra da PM e dos bombeiros e depoimentos emocionados de familiares, LHS foi sepultado sob aplausos, enquanto as bandeiras de Santa Catarina, do Brasil e do PMDB, que cobriram o caixão durante o velório, eram dobradas.
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O senador Luiz Henrique da Silveira, de 75 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu no Hospital da Unimed em Joinville, às 15h15min deste domingo. Ele estava em casa, no bairro Boa Vista, quando teria sentido falta de ar ao subir as escadas.
O velório no Centreventos Cau Hansen começou na noite de domingo e recebeu centenas de autoridades, familiares e amigos, além da comunidade joinvilense que marcou presença na despedida do Luiz Henrique. Se formaram filas para dar adeus ao senador e mais de 100 coroas de flores foram enviadas em homenagem a ele, em um velório com clima de consternação, principalmente entre os políticos, em que se somava ainda um sentimento de desorientação com a perda da principal liderança do Estado na atualidade.
Autoridades municipais, estaduais e federais estiveram no Centreventos, entre elas o prefeito de Joinville Udo Dhöler (PMDB), o vice-governador Eduardo Pinho Moreria (PMDB), o governador Raimundo Colombo, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT).
A presidente desembarcou às 15h30min no Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville, e seguiu direto para o Centreventos Cau Hansen. Um forte esquema de segurança foi montado no aeroporto para o desembarque, mas não houve protestos. Dilma foi recebida por autoridades locais e pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias. A presidente precisou cancelar uma viagem que faria nesta tarde para Minas Gerais, onde participaria da entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Frutal.
Diversas autoridades, imcluindo a própria presidente, discursaram discursaram sobre LHS na cerimônia. Dilma disse estar honrada em participar da cerimônia e destacou os valores e a compreensão do mundo do senador.
- Um país se faz com homens da estatura de Luiz Henrique - afirmou.
Visivelmente emocionado, o governador Colombo também falou no velório.
- Foi um amigo de todas as horas, principalmente nas horas mais difíceis. Um irmão que sabia ouvir - declarou.
O Centreventos viu momentos de emoção também com a bailarina Amanda Gomes, formada pelo Bolshoi, fazendo uma última reverência ao patrono da escola, e com a apresentação de A Morte do Cisne em homenagem ao senador, além da leitura de uma mensagem pela assessoria de imprensa do político, em nome de todos que trabalharam com ele ao longo dos 44 anos de carreira.
Por volta de 16h20min, um culto ecumênico das igrejas Católica, Luterana e Evangélica deu início ao fim das homenagens. Às 16h50min, apenas a família pôde ficar próxima durante a cerimônia de fechamento do caixão.
Escoltado pelas guardas de honra dos bombeiros e da Polícia Militar e com o filho mais velho de Luiz Henrique, Claudio da Silveira, como primeiro da fila dos carregadores do caixão, o cortejo deixou o Centreventos por volta de 17h e seguiu no caminhão do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville até o Cemitério Municipal, passando pelas ruas Max Colin, Blumenau e Visconde de Taunay. A presidente Dilma Rousseff se despediu da família e de autoridades na saída do velório e não acompanhou o sepultamento.
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