Ocorre nesta terça-feira, às 9h30min, no Fórum de Santa Maria, um novo júri popular de Valeri Luiz Dotto, acusado de matar a mulher Lenira Oliveira. O crime ocorreu no dia 1º de maio de 2008, na casa onde Lenira vivia com o marido e um enteado, na Rua Venâncio Aires, bairro Passo D'Areia, em Santa Maria. Lenira tinha 52 anos, era casada com Dotto há cerca de 16 anos e foi encontrada morta com uma facada na região do tórax. Em um primeiro momento, a 3ª Delegacia de Polícia Civil (3ª DP) trabalhou com a hipótese de latrocínio (roubo com morte), já que, de acordo com os policiais, a casa estava revirada, e o portão estava fora do lugar.
No entanto, no decorrer das investigações, o delegado Carlos Alberto Gonçalves, à época titular da 3ª DP, descobriu que Dotto havia feito um seguro de vida em nome de Lenira, no dia 10 de abril de 2008, no valor de R$ 275 mil, cujo único beneficiário era ele. Com o novo fato, o caso teve uma reviravolta, e Dotto foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.
O empresário foi julgado e absolvido no dia 5 de julho de 2011. Os então advogados de defesa Antonio Carlos Porto e Silva, Daniel Tonetto e James Tiago Coelho utilizaram como tese a negativa de autoria: quando o réu afirma que não praticou o crime pelo qual está sendo julgado. A maioria dos jurados acatou a tese e entendeu que o réu era inocente.
No entanto, o promotor Joel de Oliveira Dutra entrou com pedido na Justiça de um novo julgamento, porque acreditava que a decisão dos jurados foi contrária às provas do processo, que apontariam somente o empresário como suspeito.
O julgamento desta terça-feira contará com novo corpo de jurados e novo promotor. O advogado assistente de acusação é Pedro Corrêa.