Bruno Felin: o mundo em um dilema

Você precisa decidir pelos habitantes deste planeta se devem enfrentar catástrofes das mais diversas, talvez em grau ainda não vivenciado. Algumas regiões vão conhecer perdas e dores até então restritas a outros recantos do globo. Mais cheias, desabamentos, doenças, chuvas intensas, secas, escassez de água e comida. As pessoas terão que migrar.

Conheça bons motivos para manter as árvores em pé

Um mundo quente demais aqui, frio de menos ali. Espécies desaparecendo sem nem serem descobertas. Rios definhando, lavouras tentando sobreviver à falta ou excesso de água. Às futuras gerações, resta encarar as consequências dessa escolha.

Himalaias "encolhem" após terremoto no Nepal

Esse dilema estará sobre a mesa da 21ª Conferência do Clima, em Paris, entre novembro e dezembro deste ano. Os líderes - sim, esses mesmos - de 195 países precisam concordar em perder (ou transformar) parte do poder econômico de suas nações. Um acordo global estabeleceria metas a partir de 2020. Dá para acreditar?

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Cientistas descobrem vestígios de vida sob área seca da Antártida

Antes de me chamar de alarmista, saiba que as hipóteses dos primeiros parágrafos não saíram da minha cabeça. São o pior cenário previsto para este século no último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em 2014. Feito por 800 cientistas com trabalhos relevantes sobre clima, amparados em alguns milhares de estudos de todas as procedências e revisados por seus pares.

Mistério de "lago perdido" que desaparece anualmente intriga cientistas

Incapaz de chegar à certeza, a ciência deixou 3% de crédito para concluir: há 97% de chances de o aquecimento global ter sido causado pelo homem. A alta porcentagem é quase a mesma quando se trata dos pesquisadores que acreditam nessa tese, o que já vem sendo chamado de consenso científico. Comprados? Não tem como...

1% das árvores da Amazônia captura metade do carbono da região

Para o belga Jean-Pascal Van Ypersal, vice-presidente do IPCC, as propostas que estarão na mesa em Paris não são suficientes para chegar ao objetivo de manter em até 2°C o aumento da temperatura no comparativo com o período pré- industrial. O catastrófico cenário até 2100 é de 4,8°C.

Gases do efeito estufa alcançam novo recorde mundial

- Precisamos ter a esperança de que o público vai pressionar os governos - afirmou Ypersal à AFP. Então, fica uma pergunta aos líderes dos governos, que meus futuros netos também poderão vir a fazer: o que seria pior? Uma vida toda enganando a si mesmo ou insistir no mesmo erro?

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