O Ministério Público inicia nesta terça-feira, em Erechim, a série de 18 depoimentos previstos para a oitava fase Operação Leite Compen$ado, deflagrada na semana passada. Entre as pessoas que serão ouvidas estão os seis presos, outros três investigados e mais nove testemunhas. Todos devem falar ao promotor Mauro Rockenbach até quinta-feira. A denúncia será entregue à Justiça na sexta.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos, na região norte do Estado. Seis pessoas foram presas e outras três respondem a medidas cautelares. Os alvos eram uma transportadora e uma cooperativa que tinham um esquema para mascarar leite azedo.
De acordo com o MP, a fraude era liderada pela Transportes Odair Ltda e pela Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul (Coopasul). Laudos realizados por dois laboratórios credenciados ao Mapa comprovaram o esquema que consistia em alterar a quantidade, densidade e a acidez elevada do leite, adicionando água, sal, açúcar, amido de milho e até mesmo soda cáustica.
A Operação Leite Compen$ado começou em maio de 2013. A primeira ação revelou um esquema que adulterou cerca de 100 milhões de litros de leite com ureia (que contém formol) e água. A fraude era realizada em postos de resfriamento, no caminho entre a propriedade rural e a indústria.
A partir daí, a ofensiva contra a ganância dos empresários não parou mais. Até o fim de 2013 foram realizadas outras duas etapas. Durante todo o ano passado, mais quatro fases. E agora, dois anos depois do início, a oitava parte da operação.
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*Zero Hora