A queda no número de fumantes nos últimos nove anos foi de 30,7%, conforme dados de uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde nesta semana. A redução da população fumante é atribuída pelo órgão ao preço do cigarro e à Lei Antifumo, que proíbe o consumo do tabaco em locais fechados de uso coletivo.
Mas Porto Alegre é a capital brasileira com maior índice de fumantes: 17,9% entre os homens e 15,1% entre as mulheres.
Que tal começar a mudar este número? O Diário Gaúcho mostra as dicas do chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital São Lucas da Puc-RS, doutor José Miguel Chatkin, para você abandonar o vício do cigarro.
1. Ajuda médica
As medicações serão ineficazes se o fumante não estiver pronto para enfrentar as turbulências que costumam acontecer. Por isso, a ajuda médica é muito importante, pois o profissional poderá indicar possibilidades de contorno destas turbulências. Sem este auxílio, a possibilidade de sucesso definitivo é em torno de 5%, ou seja, 95% dos fumantes sofrerão recaída dentro de um ano.
2. Evite contato com fumantes
Evitar convívio com fumantes é fundamental, principalmente, nas fases iniciais, quando o fumante ainda está inseguro e fragilizado. Este contato no domicílio ou no trabalho enfraquece a decisão. Sempre há um falso amigo que, por não conseguir parar de fumar, oferece cigarro, dá baforadas por perto, para que sinta o odor do tabaco e, assim, desista da iniciativa. Sem se dar conta, este falso amigo quer trazer de volta ao seu grupo alguém que está tentado escapulir do controle da nicotina.
3. Movimente-se!
Exercício é um bom aliado, principalmente, por distrair a atenção e diminuir a intensidade da fissura. Tem um contexto de bem-estar, de cuidar da saúde.
4. Cuidado para não engordar
Ao parar de fumar, não há necessidade de evitar nenhum tipo de alimento. Porém, deve cuidar o excesso de ingestão, pois, ao recuperar o gosto e o odor, a comida parece mais gostosa, e o ex-fumante pode engordar, se não estiver atento para isto.