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Cúpula das Américas

No Panamá, Dilma usa parte do seu discurso para defender ajuste fiscal

Fundador do Facebook, Mark Zuckerberg também participa do Fórum Empresarial das Américas no país da América Central, e se reúne com líderes latino-americanos

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EDUARDO GRIMALDO / AFP
Presidente Dilma Rousseff desembarca no aeroporto na Cidade do Panamá

A presidente Dilma Rousseff usou parte do seu discurso no Fórum Empresarial das Américas, no Panamá, para defender o ajuste fiscal que governo brasileiro tem tentando implementar para recuperar as contas públicas.

- Estamos fazendo um grande esforço de ajuste fiscal - disse Dilma, durante o evento, que faz parte da 7ª Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá.

Segundo Dilma, o país teve que adotar medidas anticíclicas nos últimos anos para evitar que tivesse uma "queda forte" do emprego e na renda.

- Esgotamos nossas capacidades dessas medidas e agora temos de fazer todo um reequilíbrio para continuar crescendo - afirmou.

Dilma garantiu, entretanto, que o ajuste fiscal não afetará programas sociais e de infraestruturas do governo.

- Tudo isso passa por continuar fazendo programas na área social e de infraestrutura - disse a presidente.

Dilma aproveitou a cúpula para se encontrar com o fundador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg. Ele chegou esta semana ao Panamá para se encontrar com governantes latino-americanos. A previsão é de que ele se encontre entre sexta e sábado com os dirigentes mexicano Enrique Peña Nieto, com a argentina Cristina Kirchner para discutir o lançamento de uma iniciativa de internet gratuita em cada país.


Dilma em encontro com o criador do Facebook, Mark Zuckerberg
Foto: Roberto Stuckert Filho/ Presidência da República, divulgação

A rede social Facebook busca concretizar acordos na Cúpula das Américas do Panamá para aumentar a conectividade online gratuita na América Latina, uma região onde mais da metade da população não tem acesso à internet. O vice-presidente global de crescimento do Facebook, Javier Oliván, disse à agência AFP que mediante um acesso gratuito a diversos serviços de internet, a empresa busca aumentar sua presença na América Latina, onde 53% da população não está online.

- Estamos na Cúpula para nos unir ao diálogo na região sobre como levar conectividade a mais da metade da população latino-americana e mostrar que com as pessoas online podemos fomentar o desenvolvimento - explicou Oliván, de nacionalidade espanhola.

Para isso, o Facebook lançou uma ferramenta denominada internet.org, que permite que usuários de qualquer telefone móvel possam acessar gratuitamente serviços básicos, como Wikipedia, informação sobre clima, saúde, educação e empregos. A aplicação internet.org foi lançada em janeiro na Colômbia, em abril na Guatemala e na última quinta-feira no Panamá.

Oliván explicou que a meta é levar a aplicação a todos os países latino-americanos, embora isso dependa de um entendimento com operadoras locais de telefonia para a integração técnica do programa, e um diálogo com os governos para ver quais serviços interessam. O programa permitiu a 7 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento acessarem a internet. Estudos indicam que dois terços da população não estão conectadas à internet, e, desse total, 94% está nos países em desenvolvimento.

* Zero Hora com agências

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