O vereador João Carlos Maciel (PMDB) retornou, na tarde desta terça-feira, às atividades no Legislativo. Ele ficou mais de duas semanas afastado da Câmara mediante a apresentação de dois atestados médicos que indicavam que o vereador estava com problemas neurológicos após a sua prisão, no dia 26 de março.
Maciel ficou 39 horas atrás das grades em função de ter sido preso em flagrante, durante um cumprimento de mandato na sede de seu programa social da Operação Medicaro, que investiga o superfaturamento na compra de remédios pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O vereador não era alvo da operação da PF, mas acabou preso por armazenar e distribuir medicamentos de uso controlado.
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No retorno ao Legislativo, na tarde desta terça-feira, o primeiro compromisso foi junto à reunião da Comissão de Constituição e Justiça, Ética e Decoro Parlamentar. A comissão cogita a abertura de uma subcomissão que apure se houve quebra de decoro parlamentar por parte do parlamentar, que é investigado em inquérito paralelo ao da Operação Medicaro. Maciel que é vice presidente da CCJ contestou os colegas da comissão:
_ Gostaria de saber os critérios para isso. Reitero, aqui, que quero saber dos critérios. Até porque teremos, então, de partir para outras coisas.
A decisão de abertura da subcomissão foi adiada pelo presidente da CCJ, Admar Pozzobom (PSDB). O tucano afirmou a tendência para a abertura da subcomissão que apure a conduta de Maciel. Contudo, Pozzobom ainda aguarda o parecer da Procuradoria Jurídica da Casa.
Maciel afirmou aos colegas que passou por momentos difíceis nos últimos dias e disse ter sido execrado pela mídia que não o poupou. Ao sair da reunião, ele disse que seguirá sem falar com a imprensa.
Maciel, que é o primeiro-secretário da Mesa Diretora, acompanhou as atividades ao lado do presidente da Casa, Sergio Cechin (PP), durante o andamento da sessão.