Em três meses de trabalho, a Operação Colheita, de Vacaria, prendeu 40 pessoas. De janeiro até o final de março deste ano, oito policiais civis vieram de outras regiões do Estado para auxiliar no trabalho. Durante a colheita da maçã, Vacaria recebe milhares de safristas. Em 2015, foram 10 mil trabalhadores temporários.
Esse foi o segundo ano em que a cidade recebeu reforço policial para o trabalho. De acordo com o delegado regional de Vacaria, Carlos Alberto Defaveri, das 40 prisões, 30 foram de safristas detidos, principalmente, por terem mandados de prisão em aberto. Os policiais destacados para a operação percorreram pomares em Vacaria, Bom Jesus, São José dos Ausentes, Muitos Capões e Campestre da Serra.
Ainda segundo o delegado, neste ano, a ocorrência mais grave foi uma tentativa de homicídio entre safristas que se envolveram em uma briga.
- Nós não tratamos as pessoas que vêm para cá (Vacaria) como criminosos. A questão é que quando há a chegada de 10,12 até 15 mil pessoas em um período tão curto, é evidente que a segurança e outros setores precisam ter um preparo diferenciado - explica o delegado.
Além do trabalho nos pomares, os policiais da Operação Colheita ajudaram nas prisões dos suspeitos de terem assaltado o Banco do Brasil de Campestre da Serra, no início de fevereiro, e em operações contra o abigeato - furto de animais em propriedades rurais - em Bom Jesus e Vacaria.