A um dia da eleição, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje nesta segunda-feira que se vai opor à criação de um Estado palestino caso seja reeleito nas eleições legislativas marcadas para terça-feira.
- Todos os que querem a criação de um Estado palestino e a retirada dos territórios tornam esses territórios vulneráveis a ataques do extremismo islâmico contra o Estado de Israel. É essa a realidade que se impôs nos últimos anos - disse Netanyahu em entrevista a um site.
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Perguntado se queria dizer que não haverá um Estado palestino se for eleito para um novo mandato, o primeiro-ministro respondeu:
- Exato.
As últimas pesquisas eleitorais dão uma pequena vantagem à aliança entre o Partido Trabalhista de Isaac Herzog e o Kadima de Tzipi Livni sobre o Likud de Benjamin Netanyahu.
Em entrevista à rádio pública israelense, Netanyahu disse que "a realidade mudou" desde o discurso de junho de 2009 em que admitiu pela primeira vez publicamente a ideia de um Estado palestino ao lado de Israel. A declaração ficou conhecida como o discurso de Bar Ilan.
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- Esse discurso foi feito antes da tempestade árabe - a chamada primavera árabe - que abalou o Oriente Médio e trouxe consigo o radicalismo islâmico. Qualquer território que fosse entregue agora seria tomado por islamitas radicais - disse.
- Não é possível aplicarmos o que foi definido no discurso de Bar Ilan quando tudo o que temos do outro lado é terrorismo. Não há forças de paz, não há parceiros de paz - acrescentou.
*Agência Brasil
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