O Ministério Público de Bagé pediu explicações à Universidade da Região da Campanha (Urcamp) sobre animais que estariam sendo vítimas de maus-tratos nas dependências da universidade. O caso chegou ao MP pelo Núcleo Bageense de Proteção aos Animais. A entidade alega que cavalos do campus rural estão em estado de inanição, com mordidas de morcego - que podem transmitir raiva - e carrapatos.
O promotor responsável pelo caso, Everton Meneses, encaminhou à instituição um pedido de explicações sobre o assunto e aguarda respostas para decidir se um inquérito deve ser instaurado.
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- (Os animais) Estão magros, com carrapatos, com mordida de morcego. O que nos causa estranheza é por que a universidade não pediu ajuda para a comunidade ou informou a prefeitura que não queria mais ficar com os animais? - questiona Patrícia Coradini, vice-presidente do Núcleo.
Os animais permanecem no campus por meio de um convênio com a prefeitura de Bagé. Desde 2013, os que são recolhidos das vias públicas eram levados para a universidade, que recebia um valor para o tratamento dos mesmos. Porém, em junho de 2014, o convênio terminou e a universidade não possui interesse em renová-lo.
Patrícia explica que, até dezembro, a situação dos animais era boa, mas que, se o Núcleo não tivesse recebido denúncias, eles provavelmente teriam morrido. Agora, a prefeitura, que trabalha em conjunto com o Núcleo, está providenciando a retirada dos animais do local.
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Em resposta às denúncias, a Urcamp afirma que "rechaça qualquer iniciativa que induza a maus tratos a quaisquer animais". A universidade explica que, o que ocorre, é que muitos dos animais recolhidos pela prefeitura e levados até o campus rural já chegam ao local debilitados pelos maus tratos de seus proprietários.
Ainda de acordo com a Urcamp, no campus rural funciona um hospital veterinário onde os animais são tratados e alimentados, "porém nem todos respondem de imediato ao tratamento".
*Zero Hora