A Justiça negou, nesta quarta-feira, um novo pedido de habeas corpus de Graciele Ugulini, madrasta do menino Bernardo Boldrini. Com isso, a enfermeira seguirá detida na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
A soltura da madrasta foi negada por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. A ação de habeas corpus encaminhada pela defesa da enfermeira também contemplava um pedido de autorização para que a mulher recebesse a visita da filha na prisão. No entanto, os magistrados optaram por não julgá-lo, já que esse tipo de ação visa apenas ao pedido de liberdade.
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A defesa da enfermeira argumentou não ser necessária a manutenção da prisão, já que a investigação está encerrada, e restam apenas testemunhas de defesa para serem ouvidas. Outro destaque da defesa foi para o fato de que Graciele é ré primária e está há quase um ano na prisão.
Já o relator do caso, desembargador Julio Cesar Finger, considerou que a soltura de Graciele pode comprometer o julgamento, já que "algumas testemunhas relataram receio de represálias por parte dos acusados".
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A madrasta está detida desde abril do ano passado, suspeita de participar da morte de Bernardo. Ela foi presa no mesmo dia em que a Polícia Civil encontrou o corpo do garoto, enterrado em uma cova no interior de Frederico Westphalen, no norte do Estado. Em setembro, a enfermeira começou a trabalhar na prisão, na confecção de bijuterias com miçangas.
Relembre como teria ocorrido o crime: