Dívidas que chegam a mais de R$ 1 milhão fizeram a prefeitura de Restinga Seca, por meio de um decreto de calamidade pública, fazer uma intervenção no Hospital de Caridade São Francisco, o único do município, com 50 leitos.
O hospital filantrópico é mantido com repasses de verba estaduais e municipais, no valor de R$ 100 mil e R$ 82,5 mil por mês, respectivamente. A crise financeira se arrasta por dois anos e ficou ainda pior depois que o convênio com o Estado, que garantia o atendimento pelo SUS, não foi renovado em dezembro do ano passado, com atrasos em repasses desde outubro.
O prefeito Mauro Schünke (PDT) fez o desligamento da direção da instituição na quarta-feira e nomeou um novo comitê gestor. A intervenção tem o prazo de um ano. Desde 3 de março,apenas casos de urgência e emergência e pacientes particulares ou conveniados estavam sendo atendidos no local, os demais pacientes pelo SUS estão sendo encaminhados para hospitais de Agudo e Faxinal do Soturno.
Segundo o prefeito, as dívidas somam R$ 166 mil com o Prosus, programa que ajuda na recuperação de créditos devidos à União, R$ 92 mil referentes à folha do mês de fevereiro, e mais de R$ 1 milhão em depósitos do fundo de garantia e INSS. O hospital corre o risco de perder a filantropia. Hoje, o prefeito vai a Porto Alegre para negociar um novo contrato com o Estado.
Saúde
Decreto muda direção de hospital em Restinga Seca
Prefeitura precisou fazer intervenção por conta de dívidas acumuladas
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