O procurador alemão Christoph Kumpa informou, nesta segunda-feira, que o copiloto Andreas Lubitz - que derrubou o avião da Germanwings deliberadamente na terça-feira passada - já havia recebido tratamento por causa de tendências suicidas. Kumpa ressaltou que eles ainda não sabem o motivo da queda e que não acharam nota suicida. As informações são da ABC.
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A procuradoria não transmitiu detalhes sobre o tratamento em questão, exceto que aconteceu antes de Lubitz receber sua licença de piloto, em 2013. Kumpa acrescentou que os documentos e dados levantados não mostram qualquer indício que do copiloto ser suicida ou agressivo com outras pessoas.
No domingo, foi divulgado que investigadores alemães encontraram antidepressivos no apartamento do copiloto. Lubitz sofria de síndrome de burnout e de depressão grave, disse um investigador.
Em entrevista ao jornal alemão Bild, publicada no sábado, a ex-namorada do copiloto, uma comissária de bordo de 26 anos, disse que, quando soube da tragédia, lembrou-se de uma frase do piloto: "um dia vou fazer algo que vai mudar todo o sistema, e todo mundo vai conhecer e lembrar meu nome".
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A jovem também afirmou que ele "não falava muito sobre a doença, só que estava fazendo um tratamento psiquiátrico". Promotores em Düsseldorf, no oeste da Alemanha, anunciaram, na sexta-feira, que Andreas Lubitz havia escondido que estava em licença médica no dia da tragédia.
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