Começou nesta quarta, na corte de cassação da Itália o julgamento que irá decidir se Henrique Pizolato será ou não extraditado para o Brasil. Em caso de vitória do governo brasileiro, que defende a extradição, o processo segue para o Ministério da Justiça do governo de Mateo Renzi para uma decisão política.
Nesta fase do julgamento, os advogados de Pizzolato irão usar o caso de Cesare Battisti para argumentar que não há cooperação por parte do Brasil em termos de extradição e, portanto, a Itália também deve responder da mesma forma, rejeitando o pedido brasileiro.
Brasil promete bom tratamento para Pizzolato na prisão
O advogado contratado pelo Brasil, para tentar a extradição do ex-diretor, Miqueli Gentiloni, rejeita este argumento, pois acredita que não haja nenhuma influência do caso Batiste nesse processo.
- É a primeira vez que a defesa usa esse argumento no processo -, ressaltou.
Condenado por terrorismo na Itália, Batiste recebeu asilo político brasileiro e foi libertado em 2011, o que gerou vários protestos na Itália, que chegou a ameaçar a quebra de acordos de cooperação entre os países.
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão, mas fugiu do país com um passaporte falso. Na Itália, acabou sendo preso e, em setembro do ano passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo.
Zero Hora com Agências