O Tribunal de Contas da União não descarta a possibilidade de chamar para esclarecimentos e até uma eventual responsabilização dos membros que compunham o Conselho de Administração da Petrobrás em 2006 - entre eles a hoje presidente da República, Dilma Rousseff.
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Em nota encaminhada na segunda-feira ao jornal O Estado de S. Paulo, o tribunal argumenta que o acordão em que são relatados indícios de irregularidades na aquisição da refinaria de Pasadena, com potencial prejuízo de U$ 792 milhões, é preliminar e sem decisão definitiva.
- É importante esclarecer que o processo ainda não foi julgado no mérito, e que não é possível afirmar que foi desconsiderada a responsabilidade do conselho de administração da Petrobras - diz a nota.
Segundo o tribunal, "por prudência", neste primeiro momento, optou-se por chamar para apresentar defesa os diretores da empresa. O órgão afirma, porém, que a depender dos argumentos a serem trazidos por eles, "não está descartada a possibilidade de o conselho de administração ser chamado aos autos."
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A reportagem tentou contato com os membros do conselho na formação de 2006, mas não obteve respostas. Em declarações públicas feitas por eles desde que o caso veio à tona, em março passado, todos defendem o negócio. A presidente Dilma Rousseff diz que apoiou baseada em documento incompleto e juridicamente falho, responsabilizando a diretoria Internacional da estatal, dirigida na época por Nestor Cerveró.