O diretor do Departamento de Atenção Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria da Saúde, Alexandre Brito, garantiu que o atendimento aeromédico prestado pelo Governo do Estado não vai acabar. A declaração foi dada em entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta quinta-feira.
Segundo ele, o governo está promovendo uma reestruturação do transporte aeromédico, já que algumas equipes prestam um serviço avaliado como ineficaz ao demorarem mais tempo para atendimento. Em entrevista a Zero Hora publicada nesta quinta-feira, o secretário da Saúde, João Gabbardo, havia dito que o serviço era "totalmente dispensável".
Brito afirmou que o Rio Grande do Sul não tem disponibilidade financeira para manter dois helicópteros para o transporte aeromédico, que custaram cada um R$ 13 milhões. A ideia dele é questionar a estrutura do serviço, já que a equipe foi criada sem o número suficiente de médicos, além de não existir manutenção do Estado nos helicópteros.
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O ex-coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Secretaria Estadual da Saúde e responsável pela equipe médica que atua nas operações, Maicon Vargas, classificou a decisão como um retrocesso e ressaltou que, nos últimos 12 meses, o grupo realizou 140 atendimentos, entre eles os resgates dos praticantes de rapel em Maquiné e das vítimas do acidente com ônibus da Unesul em Glorinha, ambos neste ano, e do incêndio na boate Kiss, em 2013.
Com a desativação do projeto, que tem custo mensal de R$ 156 mil, a demanda pode ser atendida pela Brigada Militar, como no passado, e por empresas privadas, que também atuam na coleta de órgãos para transplantes.
*Rádio Gaúcha