A Al-Qaeda no Iêmen reivindicou o atentado que dizimou na semana passada a redação da revista satírica francesa Charlie Hebdo, em um vídeo divulgado nesta quarta-feira.
"Os heróis foram recrutados e agiram", declarou no vídeo publicado em um site islamita um dos líderes da Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), Nasser bin Ali al-Anassi.
Na semana passada, um integrante da organização havia confirmado a responsabilidade pelo ataque em uma nota enviada à agência Associated Press. O motivo seria "vingar a honra do profeta Maomé". Na sexta-feira, outro integrante - Harith al-Nadhari, uma autoridade da AQPA em matéria da sharia, a lei islâmica - ameaçou a França com novos atentados.
A Al Qaeda no Iêmen teria demorado a assumir a autoria do ataque por "questões de segurança". O atentado à redação da Charlie Hebdo se enquadraria nos avisos que Osama bin Laden - líder e fundador da Al Qaeda, morto em 2011 - enviou ao Ocidente sobre as "consequências de insistir blasfemando contra as santidades muçulmanas".
Nova edição da revista Charlie Hebdo esgota na França
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Estado Islâmico critica novas charges de Maomé
A rádio da organização jihadista Estado Islâmico (EI) considerou nesta quarta-feira extremamente estúpida a publicação de novas caricaturas de Maomé na revista satírica francesa Charlie Hebdo, alvo de um sangrento atentado na semana passada em Paris.
"A Charlie Hebdo publicou novamente caricaturas que ofendem o profeta e isso é um ato extremamente estúpido", estimou a rádio Al-Bayan do EI, que controla territórios extensos no Iraque e na Síria.
No mapa, confira o local dos ataques em Paris:
Entenda como foi o ataque à revista Charlie Hebdo
Vídeo mostra terroristas executando policial na saída da sede: