O perfil técnico ficou em segundo plano na escolha dos nomes que comandarão os principais ministérios no país e secretarias no Estado pelos próximos quatro anos. Para contemplar as siglas que apoiaram suas candidaturas, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador José Ivo Sartori (PMDB) optaram por auxiliares com vinculação partidária no primeiro escalão.
Dos 39 ministérios, 29 (ou 74,3%) são chefiados por pessoas indicadas pelas legendas que compõem a base do governo federal. Algumas dessas nomeações geraram polêmica, como a de George Hilton para os Esportes. O pastor evangélico e deputado federal eleito pelo PRB-MG reconheceu a falta de conhecimento na área.
No Rio Grande do Sul, 13 dos 20 secretários de Sartori têm filiação partidária, número que equivale a 65% do total. As principais pastas são lideradas por parlamentares que conquistaram vagas na Assembleia ou na Câmara.
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Mulheres estão em menor número
A preponderância de nomes políticos não deve ser encarada necessariamente como algo negativo. Na avaliação do professor de Administração Pública da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Álvaro Guedes, a questão é outra:
- Há uma falsa impressão de que a arbitragem técnica será sempre justa e equitativa. O que importa é saber qual é a afinidade com o assunto. Um mínimo de familiaridade é necessário.
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Além do perfil mais político do que técnico, ministros e secretários têm outras características em comum. Em sua maioria, são homens, com Ensino Superior e na faixa etária de 51 a 60 anos. Embora sejam pouco mais da metade da população, as mulheres estão subrepresentadas. Dilma nomeou seis ministras, o que corresponde a 15,4% das pastas. Sartori tem apenas uma secretária.
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