A organização que representa os muçulmanos no Egito, Dar al-Ifta, advertiu, nesta terça-feira, que a publicação de uma nova representação do profeta Maomé na revista francesa Charlie Hebdo é uma provocação.
- Esta ação é uma provocação injustificada para os sentimentos de 1,5 bilhão de muçulmanos em todo o mundo - disse a Dar al-Ifta em um comunicado.
Próxima edição da Charlie Hebdo deve trazer caricatura de Maomé chorando
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Mais cedo nesta terça-feira, as principais organizações muçulmanas na França pediram calma a comunidade e apelaram para que ela evite as reações emocionais à publicação.
A capa da primeira edição da revista Charlie Hebdo após o atentado da semana passada traz uma caricatura de Maomé chorando e carregando um cartaz Je Suis Charlie (Eu Sou Charlie). O cartaz é símbolo das manifestações contra os ataques em Paris da semana passada.
Este número - denominado "a edição dos sobreviventes" - terá três milhões de exemplares, frente aos 60 mil normalmente impressos, será traduzido para 16 idiomas e vendido em 25 países.
Em 2006, a sede da Charlie Hebdo sofreu um incêndio criminoso depois de reproduzir as caricaturas de Maomé originalmente publicadas no jornal dinamarquês JyllandsPosten. Os dois jihadistas que mataram 12 pessoas na sede do jornal na semana passada saíram gritando, "Vingamos o profeta! Matamos o Charlie Hebdo!".
*AFP