Morreu na manhã desta quinta-feira o advogado criminalista e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos aos 79 anos. A informação foi confirmada pela assessoria do Hospital Sírio-Libanês.
Ele estava internado há alguns dias no hospital, em São Paulo, onde tratava um problema pulmonar.
Entre 2003 e 2007, Bastos foi ministro da Justiça no governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Depois, voltou a atuar como advogado criminalista. Ele atuou na defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira no início do processo, mas acabou rompendo com o cliente.
Confira a repercussão da morte de Márcio Thomaz Bastos Leia as últimas notícias de Zero Hora
Durante o julgamento do Mensalão, o ex-ministro foi chamado como para depor na defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Na ocasião ele afirmou que o mensalão era não tinha existido, como sustentava a defesa de Dirceu.
Entre ações dele quando esteve à frente da pasta, destacam-se a aprovação do Estatuto do Desarmamento, em 2003; e a aprovação da Emenda Constitucional n° 45, conhecida como a Reforma do Poder Judiciário, em 2004.
Natural de Cruzeiro, no interior paulista, Bastos formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1958, tendo atuado no ramo do direito criminal. O ex-ministro foi vereador pelo Partido Social Progressista (PSP) na sua cidade natal de 1964 a 1969. Foi representante das entidades de classe dos advogados, presidindo a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre 1983 e 1985.
Bastos atuou durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, como presidente do Conselho Federal da OAB. Em 1990, após derrota de Lula nas eleições presidenciais, aproximou-se do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele também foi um dos redatores do pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor (1990-1992). Em 1996, fundou o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), que é uma organização da sociedade civil.