O candidato a governador José Ivo Sartori (PMDB) usou o programa de rádio desta terça-feira para tentar amenizar a divergência provocada por um comentário, retirado de uma entrevista ao portal Terra, em que sugere que o piso dos professores pode ser buscado nas lojas Tumelero.
- Peço desculpas pelo mal-estar causado por uma brincadeira que tentei fazer sobre Tarso Genro. Numa entrevista quis dizer que o meu adversário tratou o piso dos professores como um piso à venda em uma loja, sem importância. Não entenderam e a tropa de choque do PT está dizendo que eu não tenho respeito pelos professores - disse o candidato.
O trecho da entrevista polêmica ganhou repercussão na segunda-feira, quando partidários do governador, candidato à reeleição, propagaram-no nas redes sociais.
- Propostas nós temos. Para a educação? Eu fui no Cpers e não assinei o documento exigindo o compromisso de pagar ou resgatar o salário, como é que se diz? O piso. Sim, o piso. Eu vou lá no Tumelero e eles dão um piso melhor, né? Ali tem piso bom - afirmou.
O Cpers, que critica o atual governo por não fazer do piso nacional a base salarial e só chegar ao valor mediante o pagamento de abonos, reagiu à declaração.
"Esse tema não deve ser objeto de chacota ou brincadeiras por conta de quem tem a responsabilidade de propor alternativas para qualificar a nossa educação e valorizar o trabalho dos professores e de todos os trabalhadores em educação. Estivemos mobilizados nos últimos quatro anos para exigir do atual governo o cumprimento da Lei do Piso e seguiremos mobilizados no próximo governo, seja ele quem for", afirmou o sindicato, em nota.
Diante da repercussão do caso na internet, a campanha de Sartori também se manifestou por meio de nota, na qual lembra que o candidato é professor e que o trecho de 27 segundos foi retirado do contexto no qual ele fazia referências às promessas não cumpridas de pagamento do piso nacional dos professores.
"Sartori pede desculpas por qualquer mal-estar causado, reforçando o respeito que tem pelos professores e lembrando que quem não respeita o magistério é o candidato Tarso, do PT, que assinou a lei e não cumpre ao não pagar o piso aos professores", destaca o texto.